segunda-feira, março 26, 2007

Encontro da FTL-RJ

Liturgia da espiritualidade popular evangélica:

um olhar antropológico

Convite para o Terceiro Encontro da FTL Rio de Janeiro

Convidamos você a estar conosco no terceiro encontro do Núcleo Rio de Janeiro da Fraternidade Teológica Latino-Americana do Brasil, quando dentre outros assuntos de aprofundamento da caminhada do grupo, estaremos ouvindo (e conversando) a partir do tema Liturgia da espiritualidade popular evangélica: um olhar antropológico.

Este título diz respeito a um livro, recentemente lançado, resultado de pesquisa de campo feita pelo autor no “vagão dos crentes” do trem que serve ao subúrbio do Rio de Janeiro.

Palestrante: Pr. Valdemar Figueredo Filho (doutorando em Ciência Política – Iuperj)

Data e horário: 29 de março de 2007, às 14:00 h

Local: Paróquia Luterana Martin Luther - Rua Carlos Sampaio, 251 – Centro –

Praça da Cruz Vermelha (Fica em frente ao Inca).

sábado, março 17, 2007

A missiologia dos mil gols ...

Romário e a missiologia dos mil gols ...
ou, quem blogou um bom gol?

Alexis Carvalho

Todo mundo sabe que, dentro da área, Obina é mais craque que Romário. O baixinho quarentão, no entanto é muito mais esperto. Senão como explicar o fato de que, de uma hora para outra, tenha surgido esse papo-caveira de fazer mil gols? Grande mesmo foi o Pelé que, ao mesmo tempo, fez o milésimo gol contra o Vasco e contra um goleiro argentino. Ou seja, matou dois coelhos com um golaço só. Por isso, ele dizia: Ensina a contar os nossos gols de tal maneira que alcancemos um coração sábio.

Com o Romário, todavia, tudo é diferente. O Juca Kfouri mostrou que a contagem dele é cheia de malandragens. Contou gol daqui, contou gol dali... o negócio é chegar a mil, não importa como. Ato contínuo, contabilizou gols marcados na ridícula pelada América-RJ contra os Amigos de Luizinho (marcou 4); considerou gol feito em jogo anulado (contra o Brasiliense, em 1995); e, pior de tudo, anotou 77 gols que fez quando ainda nem era profissional.

Se o atacante cruz-maltino tivesse usado o mesmo critério de Pelé (que só contou os gols que fez depois de se profissionalizar), provavelmente não chegaria lá. Mas, Romário é Romário e o seu milésimo gol pode, então, servir como metáfora de um mundo de embustes. Um mundo onde a realidade objetiva sucumbe diante dos aplausos e vaias da sociedade do espetáculo. Um mundo aqui bancado pelo delírio da arquibancada.

Enfim, Romário é o cara, tá ligado? Marrento, conquanto esperto. Pois é, mas antes de você achar que meu assunto é futebol — o que num blog como esse seria uma má temática — gostaria de mostrar que essa parada de usar a matemática em proveito próprio não começou em São Januário. Na verdade, já tinha sido apropriada muito tempo atrás por um certo tipo de missiologia, de origem e inspiração oportunista.

Clique aqui para ver esse a íntegra deste texto.

sexta-feira, março 16, 2007

A Ética de Dietrich Bonhoeffer

Testemunho de uma espiritualidade engajada

Flávio Conrado

Bonhoeffer: teólogo, pastor e ativista

Em 04 de fevereiro de 2006, comemorou-se o centenário do pastor luterano Dietrich Bonhoeffer (1906-1945). Nasceu numa família bem situada de intelectuais e servidores públicos, fazendo a opção pela carreira acadêmica e pastoral. Como estudante de teologia em Berlim, Roma, Barcelona e Nova Iorque tornou-se um competente teólogo, tendo sido responsável pelo seminário da Igreja Confessante, seminário estabelecido secretamente e ilegalmente nas florestas da Pomerânia. A Igreja Confessante fora criada por Bonhoeffer e outros teólogos e cristãos diante do conformismo e colaboração da igreja protestante alemã com o regime nazista. Ante a acomodação da maioria dos protestantes, a Igreja Confessante teve a coragem de reafirmar a fé evangélica histórica e rejeitar o nazismo e o racismo na Declaração de Barmen.

Com a ascensão do sistema nazista e sua política de extermínio de judeus e outras minorias na Europa nas câmaras de gás e campos de concentração, Bonhoeffer colaborou com a resistência alemã, tendo o apoio de aliados internacionais, nos seus planos de um atentado contra Hitler a fim de evitar, assim, o Holocausto e a morte de milhões de inocentes na Segunda Guerra Mundial que devastou a Europa entre 1939 e 1945. Ele foi preso e morto pelo Nazismo no campo de prisioneiros de Flossenbürg (Alemanha) no dia 09 de abril de 1945, porque ousou resistir a um sistema totalitário que entronizava o Führer e a “raça” ariana no coração do povo alemão e avançava sobre a Europa em aberta afronta à lealdade e submissão a Deus.

A vida e o martírio de Dietrich Bonhoeffer se tornou um símbolo da postura de santa intransigência diante das forças do mal que assaltaram o exercício do poder na Alemanha hitlerista e em outras partes do mundo. Como as reflexões teológicas e a vida deste cristão do século XX podem nos ensinar a enfrentar nossos próprios problemas e desafios éticos? O que moveu Bonhoeffer a resistir e entregar sua vida ao martírio?

Clique aqui para ver a íntegra deste texto.

Informações sobre o autor: Antropólogo, membro da Igreja Graça e Verdade no Rio de Janeiro, assessor do Projeto Religião e Paz da ONG Viva Rio e pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (ISER). Este texto foi publicado na revista Compromisso, da Convenção Batista Brasileira, 4º. Trimestre de 2006.