sexta-feira, março 16, 2007

A Ética de Dietrich Bonhoeffer

Testemunho de uma espiritualidade engajada

Flávio Conrado

Bonhoeffer: teólogo, pastor e ativista

Em 04 de fevereiro de 2006, comemorou-se o centenário do pastor luterano Dietrich Bonhoeffer (1906-1945). Nasceu numa família bem situada de intelectuais e servidores públicos, fazendo a opção pela carreira acadêmica e pastoral. Como estudante de teologia em Berlim, Roma, Barcelona e Nova Iorque tornou-se um competente teólogo, tendo sido responsável pelo seminário da Igreja Confessante, seminário estabelecido secretamente e ilegalmente nas florestas da Pomerânia. A Igreja Confessante fora criada por Bonhoeffer e outros teólogos e cristãos diante do conformismo e colaboração da igreja protestante alemã com o regime nazista. Ante a acomodação da maioria dos protestantes, a Igreja Confessante teve a coragem de reafirmar a fé evangélica histórica e rejeitar o nazismo e o racismo na Declaração de Barmen.

Com a ascensão do sistema nazista e sua política de extermínio de judeus e outras minorias na Europa nas câmaras de gás e campos de concentração, Bonhoeffer colaborou com a resistência alemã, tendo o apoio de aliados internacionais, nos seus planos de um atentado contra Hitler a fim de evitar, assim, o Holocausto e a morte de milhões de inocentes na Segunda Guerra Mundial que devastou a Europa entre 1939 e 1945. Ele foi preso e morto pelo Nazismo no campo de prisioneiros de Flossenbürg (Alemanha) no dia 09 de abril de 1945, porque ousou resistir a um sistema totalitário que entronizava o Führer e a “raça” ariana no coração do povo alemão e avançava sobre a Europa em aberta afronta à lealdade e submissão a Deus.

A vida e o martírio de Dietrich Bonhoeffer se tornou um símbolo da postura de santa intransigência diante das forças do mal que assaltaram o exercício do poder na Alemanha hitlerista e em outras partes do mundo. Como as reflexões teológicas e a vida deste cristão do século XX podem nos ensinar a enfrentar nossos próprios problemas e desafios éticos? O que moveu Bonhoeffer a resistir e entregar sua vida ao martírio?

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Informações sobre o autor: Antropólogo, membro da Igreja Graça e Verdade no Rio de Janeiro, assessor do Projeto Religião e Paz da ONG Viva Rio e pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (ISER). Este texto foi publicado na revista Compromisso, da Convenção Batista Brasileira, 4º. Trimestre de 2006.

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