sexta-feira, maio 11, 2007

Novo encontro da FTL-RJ

O que tem a ver um PASTOR CONGREGACIONAL com o ex-presidente JANGO, a CONFEDERAÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL e a revisão do hinário SALMOS E HINOS?

No Brasil evangélico denominacionalista as pessoas conhecem líderes, geralmente, apenas de seu quintal, e mesmo pastores destacados de outros grupos são, muitas vezes, eminentemente ignorados. Quem faz essa constatação é Robinson Cavalcanti, lamentando a falta de maior entrosamento dos líderes das diversas denominações em nosso país.

No próximo encontro do núcleo Rio de Janeiro da FTL-B, teremos uma contribuição para a saudável tarefa de conhecer – e bem – importantes líderes de outros grupos denominacionais. É que será feita uma palestra, resultado de uma séria pesquisa que veio a resultar em livro, recentemente publicado. Trata-se da obra: MANOEL DA SILVEIRA PORTO FILHO: Poeta, pastor e mestre.

Quem ouve falar ou mesmo manuseie rapidamente um livro assim talvez julgue uma obra sem grande interesse... Ledo engano! Estou completando a leitura do livro, que tem, além de muitos fatos e histórias interessantíssimas, pistas para uma atuação evangélica, à luz da missão integral, no Rio de Janeiro.

A palestra será apresentada pelo próprio autor, Manoel Bernardino Filho, que é diretor do Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro e presidente da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE).

Data e horário: 21 de maio, segunda feira, às 14 horas.
Local: Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Visconde de Inhaúma, 134/1314 - Centro - Rio de Janeiro (quase esquina com a Av. Rio Branco). Na porta está escrito: Biblioteca - STCRJ. A secretaria do Seminário é sala 1309. Tel. 2283-3131 - secretária: Janaíra.

Aguardamos você e seus convidados neste nosso quarto encontro.

Saudações evangelicais,

Clemir Fernandes
Pelo grupo gestor do Núcleo Rio da FTL-B

terça-feira, maio 08, 2007

Manifesto em solidariedade ao teólogo Jon Sobrino

Fraternidade teológica latino-americana – Brasil
Núcleo Rio de Janeiro

A teologia deve ser uma reflexão a serviço da vida e da missão da Igreja, na caminhada no presente e em direção ao futuro do Reino de Deus. Muitas vezes essa reflexão, quando brota de um compromisso com a radicalidade do evangelho, choca-se com os caminhos e escolhas institucionais da Igreja e dos que se denominam cristãos e cristãs na encruzilhada da história.


Jon Sobrino apresenta na sua obra esse compromisso com o fazer teológico como abertura para a realidade tal qual presente no chão da América Latina, como promoção do paradigma do Reino de Deus que é esperança para os pobres e marginalizados deste continente. Nesse sentido, a obra teológica de Sobrino tem sido referência para milhares de cristãos e cristãs que desejam se comprometer com Uma Outra América Latina Possível na vida doada e sacrificada a todos e a todas as vítimas de um sistema sócio-econômico injusto e desigual.


Sem entrar no mérito da proposta cristológica e metodológica de Sobrino, motivo pelo qual vem a ser notificado pela Congregação para a Doutrina da Fé da Igreja Católica Romana, o Núcleo do Rio de Janeiro da Fraternidade Teológica Latino-Americana - Brasil manifesta sua solidariedade com o teólogo Jon Sobrino porque entende que processos de cerceamento da reflexão teológica ferem um princípio basilar de nossas sociedades democráticas como as liberdades de pensamento e expressão como Direito Humano fundamental, e acabam por estancar uma das formas mais dinâmicas pelas quais o Espírito sopra sobre a Igreja levando-a em direção ao futuro.

quinta-feira, maio 03, 2007

Notícias do 3º encontro

Espiritualidade popular evangélica brasileira

Rio de Janeiro (RJ) - A liturgia da espiritualidade popular evangélica brasileira foi o tema apresentado pelo antropólogo Valdemar Figueiredo Filho na reunião da Fraternidade Teológica Latino-americana, núcleo Rio de Janeiro (FTL-RJ), realizada em 29 de março deste ano na sede da Paróquia Martin Luther, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, no centro da cidade.

O encontro reuniu os membros da entidade, pastores e pastoras das igrejas evangélicas cariocas, teólogos, antropólogos e outros estudiosos do fenômeno religioso. Figueiredo Filho apresentou relatos de situações, discursos e análises sobre essa expressão de fé que tem alcançado expressivo desenvolvimento, especialmente nas periferias, favelas e morros da cidade do Rio de Janeiro.

O antropólogo descreveu o fenômeno a partir de relatos sobre quatro situações, que ele entendeu basilares: a Igreja sobre os trilhos, os cristãos evangélicos que transitam em diversos ambientes, o ciclo dos montes santos no Rio, e o orfanato da Irmã Solange. A primeira refere-se ao vagão de evangélicos nos trens de determinados horários da Central do Brasil, com seus códigos de entrada e participação, os conflitos e as formas de contornar situações, atribuídos à ação do Espírito Santo.

Os cristãos evangélicos de traço pentecostal que são capazes de participar em cultos de outras igrejas pentecostais, mantendo sua identidade e até afirmando suas peculiaridades, diante do conjunto dessa expressão de fé, compõem a segunda situação. A terceira, é o conjunto de peregrinações em morros, favelas, regiões descampadas, com objetivos de oração e comunhão na fé. Segundo o antropólogo, esse ciclo de visitas e participação celebrativas têm crescido vertiginosamente e conta com um público, composto especialmente por mulheres evangélicas negras, empenhados no enfrentamento de situações pessoais de diversas naturezas, inclusive as mais dramáticas.

O último é o orfanato da irmã Solange, uma entidade que surgiu em torno do trabalho de uma mulher que passou a atuar com crianças de rua, seguindo um chamado e conseguindo o apoio do conjunto da comunidade. Apesar de todas as dificuldades e rejeitando diversas possibilidades de "institucionalização" oferecidas, ela segue fazendo seu trabalho que, além do resultado objetivo, desenvolveu uma mística com a qual conquistou a confiança de pessoas de diversos segmentos da sociedade.

Após a palestra, o antropólogo apresentou seu livro "Liturgia da Espiritualidade Evangélica Brasileira"; um olhar antropológico. Rio de Janeiro: Publit, 2006, 137p.), respondeu perguntas e concedeu autógrafos. Em seguida, a reunião da FTL-RJ tratou de assuntos de natureza administrativa.

Antônio Carlos Ribeiro